segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O PS e o seu vício de ofertar fábricas de pasta e papel

De acordo com um diário do mesmo grupo empresarial, o Governo viabiliza hoje um investimento de mais de 85 milhões de euros para o sector industrial ligado ao eucalipto, desta vez ao grupo Altri.

Não que a Acréscimo se oponha a apoios de Estado à indústria, mas reserva-se o direito, e mesmo o dever, de contestar os critérios subjacentes a tais apoios, concedidos a partir do Orçamento viabilizado pelos impostos pagos em Portugal.

Assim, seria importante que o Governo esclarece a opção por esta via, em detrimento da utilização do mesmo capital público noutro tipo de investimentos, mesmo em sectores silvo-industriais, mas com maior empregabilidade, com menores rácios de volume de investimento por posto de trabalho criado (aqui na orem dos 8 milhões de euros por posto criado), ou mesmo de menores rácios de volume de negócios por posto de trabalho efetivo, com produtos de maior valor acrescentado, com maior impacto na economia nacional e menor risco para o território, incluindo os solos, os recursos naturais, bem como as emissões poluentes para a atmosfera e para o meio aquático.

Com efeito, ao mais alto nível, com a presença do Primeiro Ministro, não é a primeira vez que um Governo do Partido Socialista, em nome de todos nós, oferta fábricas de pasta celulósica e de papel a grupos empresariais que protege da concorrência externa e que revelam menosprezo pelo Território e pelas populações rurais.



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