quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O Tribunal de Contas Europeu não auditou as medidas de apoio às florestas em Portugal

Na sequência de um conjunto de questões suscitadas pela Acréscimo, quer às Autoridades Nacionais, quer ao Tribunal de Contas Europeu (TCE), obteve resposta deste último respeitante às medidas de desenvolvimento rural relacionadas com a silvicultura em Portugal.

De acordo com a missiva recebida, as medidas de desenvolvimento rural relacionadas com apoios às florestas em Portugal não foram objeto de auditoria específica por parte do TCE nos últimos anos, nem esta prevista nenhuma auditoria desse tipo neste momento.

O TCE adianta ainda que auditou a eficácia do apoio da União Europeia à prevenção e recuperação de danos florestais causados por incêndios e catástrofes naturais, conforme relatório publicado em 2015, no qual concluiu que “o apoio da EU à prevenção e recuperação de danos florestais causados por incêndios e catástrofes naturais é bem gerido”. O relatório em causa incidiu sobre a execução destas medidas na Áustria, França, Itália, Eslováquia e Espanha.

Todavia, de acordo com dados do Eurostat, em Portugal, apesar dos apoios da UE inseridos no PEDAP, PAMAF, AGRO e PRODER, a área florestal contraiu em mais de um quarto de milhão de hectares entre 1990 e 2015. Mais, a contração em área florestal em Portugal foi superior aos 254 mil hectares nas espécies objeto de apoio financeiro da UE e do Estado Português, tendo apenas sido atenuada pelo aumento significativo da área de plantações de exóticas e com rotações inferiores a 16 anos.


Atendendo a que a atual arquitetura dos apoios às florestas em Portugal, contidos no PDR 2020, não difere do histórico dos programas que o antecederam, qual a garantia de não estarmos perante o fomento de maior desflorestação com recurso ao apoio dos contribuintes nacionais e europeus?


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