quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Incêndios florestais: Não, todos os anos não é sempre a mesma coisa!

Não! A cada ano que passa, não fica tudo igual. Em média, a cada ano que passa, as florestas em Portugal reduzem em área o equivalente à cidade de Lisboa.

De acordo com os dados da FAO e do Eurostat, entre 1990 e 2015, a área de floresta em Portugal reduziu mais de 250 mil hectares, ou seja, o equivalente a uma redução anual de 10 mil hectares (a área da cidade de Lisboa).


Esta situação de desflorestação é, de acordo com essas mesmas fontes, única na União Europeia.


Em proporção, é a mais grave situação de desflorestação registada na Europa e em todo o hemisfério norte.


Não! Os subsídios comunitários não têm contribuído para o combate à desflorestação em Portugal.

Pelo contrário! Os apoios às florestas portuguesas, inseridos no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), têm sido desperdiçados, ou têm mesmo sido “promotores” de incêndios florestais em Portugal. A três principais espécies apoiadas, no que respeita a área global ocupada, têm registado forte contração ou mera manutenção nestas últimas décadas.



Não! A cada ano que passa, com o aumento das plantações de eucalipto, em regime de expansão de oferta de risco, tem-se assegurado a perpetuidade das catástrofes estivais.

Esta espécie assume hoje o destaque principal na área ardida em povoamentos florestais



Não! Com a desflorestação em curso no país, este está cada vez menos habilitado para o combate às alterações climáticas.

Não! A cada ano que passa aumenta o risco, em quantidade e em qualidade, no fornecimento de água às populações e às atividades agrícolas.

Não! A cada ano que passa aumentam os riscos para a Saúde Pública, seja na qualidade do ar, seja no risco associado às doenças infetocontagiosas.

Não! A cada ano que passa não será sempre a mesma coisa. Terá tendência a ser cada vez pior.

Não! A inversão da atual situação não pressupõe apenas uma “reforma do sector florestal” (Programa do Governo).


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