quarta-feira, 29 de junho de 2016

Silvicultura em queda real

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou hoje as Contas Económicas da Silvicultura referentes a 2014.

Em 2014, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da silvicultura registou um decréscimo real, situação não verificada desde 2008.

O peso do VAB da silvicultura no VAB nacional manteve-se em 0,6% (registava 1,2% em 1990 e 0,8% em 2000).

O rendimento empresarial liquido registou uma diminuição face a 2013, continuando assim muito aquém do registado no ano 2000.

Rendimento Empresarial Líquido (Fonte: INE, CES 2014)

As Contas Económicas da Silvicultura abrangem as atividades de silvicultura, desde a produção de bens, de madeira e de cortiça, às prestações de serviços silvícolas e de exploração florestal.

O destaque publicado pelo INE mostra, em termos reais, uma inversão na tendência de contrariar o declínio progressivo da atividade registada entre 2000 e 2009.

Apontam-se algumas das limitações ao projeto do INE, tal como anteriormente evidenciadas pela Acréscimo relativamente a um estudo do Banco de Portugal, designadamente no que respeita à abrangência inerente ao segmento da silvicultura.

Importa ter em conta a necessidade de analisar as Contas Económicas da Silvicultura de 2014 à luz da situação simultânea de sobre-exploração e de subaproveitamento dos recursos florestais em Portugal.

A situação de declínio real evidenciado em 2014 face a 2013 nas Contas Económicas da Silvicultura, acrescido do já registado entre 2000 e 2009, adensa as preocupações quanto à desflorestação que ocorre em Portugal, situação única no contexto da União Europeia.


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