segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Eleições e florestas


Antes de analisar as propostas para as florestas que se apresentam em 2015, importa analisar o que foi proposto em 2011 e o que foi realizado entre 2011 e 2015.

Serão grandes as diferenças entre o proposto e o realizado? Ora vejamos.

No programa eleitoral do PSD constava:

“O PSD estimulará o aproveitamento do potencial do sector florestal, através da dinamização do cluster da pasta de papel e mobiliário, bem como através do aproveitamento dos resíduos florestais para a produção de energia (biomassa). Por outro lado, o PSD elaborará um levantamento das doenças fitossanitárias mais comuns e em expansão nas nossas florestas.

O abandono da actividade agrícola e florestal dos últimos anos contribuiu, em parte, para um dos maiores flagelos do nosso país, os incêndios florestais. O PSD entende que medidas que atraiam o investimento na agricultura e na floresta podem contrariar a tendência de abandono do mundo rural, diminuindo a área ardida anualmente. Neste sentido, serão estudadas e implementadas fórmulas de concessão de exploração a privados de certos segmentos da floresta.”

O CDS-PP fez constar no seu programa eleitoral:

“É tempo de quebrar os ciclos viciosos que persistem na nossa floresta (fraccionamento, gestão, incêndios e doenças). Assim, o fraccionamento que leva ao abandono só pode ser contrariado através do associativismo florestal, do emparcelamento funcional e da gestão colectiva (gestão condominial): é preciso redinamizar as ZIFs com consistência e atractividade.

O cadastro florestal é indispensável e tem que ser feito. É preciso criar um mecanismo de segurança e de gestão de riscos, com o apoio da União Europeia e em conjunto com as seguradoras, para reduzir substancialmente os riscos de incêndios florestais. Finalmente, tem que se fazer do declínio dos povoamentos suberícolas e do combate ao nemátodo do pinheiro verdadeiras prioridades.

O potencial do sector florestal está claramente subaproveitado e é inaceitável o grau verdadeiramente residual de aproveitamento das medidas do PRODER para a floresta.”


E o programa eleitoral do PS mencionava:

“Na fileira florestal:

a)     promover o associativismo florestal e a certificação florestal sustentável, fomentando a criação de riqueza e de postos de trabalho nos territórios rurais;
b)     apostar na floresta irrigada em zonas de regadio subaproveitadas, para a garantia do aumento da matéria-prima para a indústria da madeira e da pasta de papel;
c)     valorizar a actividade cinegética;
d)     continuar a apoiar a criação de Zonas de Intervenção Florestal, concretizando 1 milhão de hectares até 2013.”

Tiremos as nossas conclusões.


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